Bolsonaro ignora as 179 mil mortes e afirma que Brasil vive 244bb
A declaração foi feita durante discurso na inauguração do eixo principal da nova Ponte do Guaíba g6266
Presidente Jair Bolsonaro / Alan Santos/PR/Divulgação
No dia em que o Brasil comou 179 mil mortos pela Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o país vive o "finalzinho da pandemia" do coronavírus. A declaração foi feita durante discurso na inauguração do eixo principal da nova Ponte do Guaíba, na BR-290, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
A fala de Bolsonaro se dá num momento de alta no número de mortes pela covid-19. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem 6.728.452 casos da doença confirmados e mais de 179 mil mortos. Só nas últimas 24 horas, 836 mortes foram registradas no País.
“Ainda estamos vivendo um finalzinho de pandemia. O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhor se saíram no tocante à economia. Prestamos todo os apoios possíveis a estados e municípios. O auxílio emergencial foi diretamente na veia, diretamente na conta de 67 milhões de brasileiros, que precisavam realmente disso aí. Isso fez também movimentar a também economia de estados e municípios", disse.
O presidente também lembrou o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), que socorreu micro e pequenas empresas durante a pandemia. “Nós evitamos um colapso da economia.
Jair Bolsonaro também comentou, na noite de quinta-feira, 10, em sua transmissão semanal para redes sociais, o comportamento do câmbio brasileiro. Ele reforçou que dólar se aproximou do nível de R$ 5 - a moeda à vista fechou nesta quinta em queda de 2,60%, em R$ 5,0379, o menor nível desde 12 de junho.
"Dólar hoje (ontem) quase baixou de R$ 5, foi a R$ 5,04 (sic), então a economia está indo bem. Chegou a bater R$ 5,74 em novembro, está em R$ 5,04. Isso tem reflexo positivo para umas coisas, negativo para outras", afirmou o presidente.
Ao comentar de economia, Bolsonaro comemorou o destaque que foi dado por órgãos como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) às medidas fiscais de enfrentamento à pandemia de covid-19.
"O Brasil foi um dos países que melhor se saiu no tocante ao combate à covid. Melhor se saiu na questão econômica, por assim dizer", disse o presidente.
Entre as ações do governo, o presidente elencou o Pronampe, o auxílio emergencial - que mais uma vez reforçou não ser definitivo - e a suspensão temporária de contratos trabalhistas. Mas fez um pedido e um alerta.
"O apelo que eu faço aos senhores governadores, senhores prefeitos, acabaram as eleições agora: que tomem medidas que não prejudiquem o comércio. Porque todo mundo já ite, a própria OMS, que saúde e economia tem de andar de mãos dadas. Não adianta começar a fechar tudo de novo. É quase impossível o governo socorrer novamente Estados e municípios, porque nós nos endividamos demais", disse.
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